sexta-feira, 2 de abril de 2010

0

Viver a vida nunca é demais

Não vou escrever mais textos a perguntar o ‘porquê’ de tudo o que me acontece nem vou mais escrever textos em que procure descobrir o segredo que está por detrás de todas as passagens que tive/tenho/terei na minha vida. Descobri a maior resposta da forma mais simples possível e resume-se basicamente a deixar que os dias aconteçam e se sucedam sem que lhes tentar mudar o rumo ou sem que tente vivê-lo por antecipação. Guardar os pequenos e inesperados momentos que a vida nos dá superioriza-se à ambição de querer planear ‘dias perfeitos’. Quando deixei de pensar à frente no tempo, de perceber o rumo ou de tentar entender porque é que as coisas não aconteciam como queria é que apareceu a única resposta capaz de solucionar várias dúvidas ao mesmo tempo. Deixei a vida desenrolar à sua velocidade natural e é incrível como a própria vida me enrolou num ciclo de verdadeira apoteose. Redescobri a amizade, o amor próprio, a ambição, a vontade de vencer, o carinho e o amor em todos os pormenores que os que me rodeiam conseguem transmitir. A vida é agora mais vida, e eu sou agora mais vivo. Descobri o limite da diversão e da extroversão, conheci a dor no seu estado mais puro, fiz amigos e inimigos, cometi excessos e fui inibido, corri riscos e fui cauteloso, já fui triste e hoje na plenitude da felicidade solto um grito do interior que me diz que viver a vida nunca é demais.