sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Isso és tu.

Não sei explicar a amizade, provavelmente porque não existem palavras para descrever o que é a amizade. Acredito que o amor não tem escala, ou se ama ou não se ama, não há “amo-te muito”, nem “amo-te pouco”. Ama-se e ponto. Há palavras capazes de destruir tudo, umas porque são mal empregues, outras porque têm segundas intenções, outras porque são falsas e há aquelas que são tão fortes que podem estragar o castelo construído por cima de uma base mais forte que tudo o resto simplesmente porque iludem. Eu acredito nisso. O costume é dizer “amo-te” ao namorado/da, porque o amor foi banalizado, hoje as pessoas conjugam o carinho, o companheirismo, a amizade, o afecto e a cumplicidade no verbo amar, e amar é isso tudo, mas amar não tem que ser beijar, não tem que ser consumar o que se sente em actos, isso é um complemento. Não podemos amar os amigos? Aqueles amigos que não querem nada de nós senão o nosso bem? Aqueles amigos que independentemente do que faças não estão à espera de nada vindo de ti, mas estão lá, quando tu precisas e quando tu não precisas? Não podemos sentir o mesmo carinho, o mesmo afecto, a mesma harmonia, a mesma cumplicidade, o mesmo amor por aquela pessoa que não estando do nosso lado 24horas por dia está dentro de nós a qualquer hora e momento? Eu acho que sim. Eu acho que a amizade não existe sem amor, não acho que uma verdadeira amizade exista sem existir um grande amor por trás dela. Não o sentimos, ele está disfarçado por aquela distância normal entre duas pessoas que são apenas amigas, que não têm relação carnal alguma, mas que não conseguem passar muito tempo uma sem a outra. É por isso que sentimos a necessidade de falar com essa pessoa, a necessidade de acreditar nessa pessoa, a necessidade de estar com essa pessoa, e acima de tudo porque sorrimos por causa dessa pessoa. Isso é amor. Isso é amizade. Isso és tu.

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