terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Friends, will be friends.


Havia um lema “De costas viradas para o Mundo e orgulhosamente só”. Sempre lhe fui fiel, nunca acreditei no poder do companheirismo, nunca acreditei nas verdadeiras amizades nem muito menos acreditei que alguém que não eu pudesse ajudar-me. Eu mudei muito é verdade, percebi que o facto de ser revoltado não me dava o direito de me revoltar com aqueles que me rodeavam e que se calhar só me queriam bem. Continuo com muita dificuldade em confiar em alguém, em estender a minha mão alguém para pedir ajuda, e continuo a tentar descobrir quem são realmente as pessoas. Raramente falo deles, também não tenho muitos, mas os que tenho merecem que me lembre deles. Nunca fui de os procurar, e tive sorte porque eles foram aparecendo, e continuam a aparecer. Hoje o lema não faz muito sentido, embora as vezes prefira estar sozinho do que estar com alguém a confortar-me. Descobri que os amigos existem, e embora não o sintamos sempre, vamos sentir quem são os verdadeiros amigos quando estivermos na merda. Eu tive bem enterrado na merda, e tive muita a gente a ir-me lá dentro buscar. Há aqueles que são de sempre, aqueles que conheço e que me conhecem como se fossemos nós mesmos, e há aqueles que não são de sempre mas se estão a por em condições de o ser para sempre. Não é preciso muito, eles sabem. Não são as palavras bonitas, são as sinceras. Não são as prendas, são os actos. Não é a presença, é a companhia. Hoje sei que há quem o consiga fazer, sei que há pessoas capazes de me entender, e que eu não sou aqueles bichos-de-sete-cabeças que sempre quiseram pintar. Diferente, mas o que importa? Sou capaz. Um obrigado é muito banal, um pedido de desculpa também. Mas a vocês que sabem perfeitamente quem são eu estou aqui, não é sempre, mas é sempre que precisarem.

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